20 de abril de 2012

Sobre a arte de xingar no twitter, ou não

Ouvindo: BETTER - SHINee

Uma das minhas qualidades, e nesse caso eu estou falando de simplesmente um aspecto de mim e não algo exatamente "bom", é que eu sou uma reclamona serial. Eu sei. Eu admito.
Sempre odiei aquelas pessoas que ficam reclamando de tudo como se nada fosse bom, então fico pelo menos feliz por não ser dessas. Eu reclamo bastante, mas é mais porque acho que as coisas ruins são terrivelmente ruins!

Só que, parando pra pensar, isso é ainda pior, não? Se eu falar que estou cansada porque tenho coisas demais pra fazer, sempre vão ter as pessoas que estão passando exatamente pela mesma coisa que eu e não reclamam uma única vez. Talvez elas sejam pessoas fortes, mas a probabilidade é que eu sou fraca mesmo.

Eu nunca me esforcei pra estudar, até hoje não entendo como conseguia tirar notas boas em tudo! Tá, quase tudo, Geografia me mandou abraços. Nunca tive hobbys. Quero dizer, algo em que me dedicar, tentar fazer o melhor possível, estudar, analisar e tudo mais, entendem?
Traduzir, a única atividade que chegaria perto disso, foi tratado com um passatempo até 2011. Acho que o problema da coisa é que tudo pra mim sempre foi um passatempo.

E agora que eu quero tentar ser uma pessoa "séria", me dedicar a algo e tudo mais, eu acabo não aguentando. De fato, eu nunca fui boa em aguentar pressão.
Agora perto dos meus 19 anos, um dos meus números favoritos por ser especial n'A Torre Negra, estou relendo Fruits Basket. Minha pequena bíblia para ser uma pessoa melhor. E, como sempre, o Yuki fica sendo quem eu mais admiro. A jornada dele é a que eu acho que eu deveria tentar percorrer.
Com toda a pressão e atividades e falhas, eu fico querendo odiar as pessoas que conseguem. Simplesmente odiá-las, odiar todas, porque assim seria mais fácil. Culpar outra pessoa é sempre mais fácil do que admitir que o problema é com você e que precisa trabalhar nisso. Quem me mostrou que não é assim, que não dá pra crescer assim, foi o Yuki.

Às vezes eu esqueço e me deixo levar pelo ódio e me ponho a reclamar. Das trocentas atividades, que na verdade nem são tantas assim.
Uma vez questionaram um mecanismo psicológico que eu criei para mim quando tinha apenas oito anos. Disseram "se as outras pessoas não tem, por que você precisa ter?", e no outro dia a minha proteção criada com tanto carinho foi embora. E eu passei seis meses chorando essa perda.
Não posso ficar me protegendo da realidade. Não posso permanecer confortável no meu mundinho. Não dá pra virar uma borboleta assim. Como o Yuki, tenho de parar de culpar os outros, até a mim mesma, e começar a me aceitar como sou. Acreditar em mim como sou.

Talvez aí eu possa até sorrir e dizer que sou a heroína da minha própria história.

Ouvindo: BETTER - SHINee

Um comentário:

  1. Muita força, querida! Este post me lembrou um pouquinho o meu último...
    Como eu disse, não há outra opção a não ser: ser forte.
    E Furuba é uma das melhores coisas que tu podia tar lendo, acho que seria uma boa eu reler também.
    Pode contar comigo nessa jornada de sempre, você sabe, não é?

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