19 de dezembro de 2013

Isto não é um post

É só uma tentativa minha de manter as coisas funcionando.

(Leia o post seguinte pra entender)

1 de novembro de 2013

Biscoito velho também é bom

Ouvindo: Colorful - SHINee

Então, eu acredito que pra tudo na vida você pode reagir de vários jeitos diferentes e o que importa é escolher aquele que seja menos danoso para o seu bem estar. Ou seja, nós podemos fazer isso aqui do jeito difícil (chorando lágrimas de sangue e pedindo milhares de desculpas) ou podemos simplesmente guardar o fato que isso aconteceu e seguir com a vida.
Afinal, uma data não é algo tão importante assim, não é? O conceito de tempo é algo extremamente imprevisível e, como diria Julie Andrews em Diário da Princesa, uma rainha nunca está atrasada, os outros é que chegaram cedo demais.
Pra quem não entendeu, eu esqueci de postar mês passado. E nem desculpa boa eu tenho.

Novembro acabou de começar e, com ele, o NaNoWriMo! Estou muitíssimo animada com a minha história desse ano e acho que tenho uma ótima chance de vencer! Neste exato momento, estou com 6638 palavras escritas (este post não fará parte delas)! Fiquei bastante preocupada com a possibilidade de não conseguir escrever, por causa de todas as outras coisas que faço, mas como consegui dar uma guinada bem longe já no primeiro dia, tenho tempo livre para poder fazer outras coisas, como escrever este post.

Outra coisa que também toma bastante o meu tempo é que eu voltei à equipe do SHINee World Brasil. No começo da minha vida universitária eu estava, digamos, muito pra baixo, e esse site foi importantíssimo para a minha estabilidade mental. Voltei porque decidi que, só porque estou em outro país, não significa que as coisas importantes pra mim deixam de ser importantes. Dizem que a parte legal de morar em outro lugar é poder ser outra pessoa, mas eu não quero isso. Eu adoro quem eu sou. E parte do que eu sou são as coisas que eu gosto.

No começo do ano eu me desconectei demais de tudo, tentando uma vida nova na Coreia, e agora eu percebo como errei. Talvez funcione para outras pessoas largar tudo e se jogar em coisas que não experimentou antes, mas eu não sou assim. Se há uma coisa que eu tenho orgulho, é a minha capacidade de continuar amando a mesma coisa por anos e anos.
Talvez nem tenha relação, mas me sinto muito mais feliz desde que voltei para as minhas raízes. Traduzir, Sailor Moon, Pokémon, ler mangás, escrever, meus amigos... O que não significa que eu não aprecie novos hábitos, como tricotar, yoga e meditação. E ainda há muitas coisas que quero voltar ou começar a fazer!

E o SHINee está de volta! Provavelmente vai ser o último comeback deles que eu vou poder presenciar ao vivo, mas mesmo assim, não estou desesperada para ir vê-los todas as semanas. Acho que já tive experiências o suficiente com eles para poder dizer que este intercâmbio valeu a pena. O que não me impediu de acompanhar um amigo a quase todos os programas, haha!
Mas ainda há a possibilidade de shows... E eu vou ver o Key mais uma vez no musical d'Os Três Mosqueteiros. Parando pra pensar, eu não me aquietei nem um pouco, continuo correndo desesperadamente atrás deles. Bem, eu fico feliz assim!

Em uma pequena nota, eu viajei para a ilha de Jeju e foi ao mesmo tempo estressante (é horrível para se locomover, eles dependem de ônibus que demoram pelo menos uma hora para ir para qualquer lugar) e relaxante (porque lá é lindo). Na verdade, eu não gosto muito de viajar. Tipo, ficar em um lugar e ir visitando tranquilamente as coisas é legal, viajar e tentar ver o máximo possível naquela sua única visita, não.

Bem, de volta ao trabalho! Torçam por mim, sim?

Ouvindo: Close the Door - SHINee

23 de setembro de 2013

Coisas cotidianas

Ouvindo: SPLASH FREE - STYLE FIVE

Olá, pessoal! Como vão vocês? As aulas já voltaram e agora tenho de passar mais tempo em casa. No presente momento, é feriadão e me diverti bastante em um parque daqui, o Everland. Mas já já isso vai passar e vou voltar à rotina escolar.
Eu sempre gostei de ficar em casa e acredito que há uma miríade de possibilidades em qualquer lugar ou momento da vida, então mesmo, não saindo, tento fazer várias coisas diferentes.

Uma das coisas que ando fazendo - e curtindo bastante - é tricotar. Uma intercambista brasileira me ensinou os pontos básicos, mas agora estou aprendendo mais coisinhas legais a partir de vídeo-aulas de um site muito legal que encontrei. Por enquanto, quero tentar fazer um gorrinho bem fofo pra Ayane!

Opa, mas eu não contei quem é Ayane, né? Ela é simplesmente a pessoa mais linda do mundo. Tá, tecnicamente ela não é uma pessoa. O que acontece é que eu comprei uma Pullip, uma boneca de colecionador. Na verdade, a minha escolhida foi uma Pullip Meiko, feita para comemorar o primeiro ano de colaboração da empresa das Pullip com a empresa de Vocaloid. Só que o vendedor acabou se enganando e mandando por engano uma Pullip Luka, também uma Vocaloid! Eu amo muito a Luka e a sua versão em boneca é simplesmente estonteante, então aceitei a troca com muita alegria! Ainda mais porque a a Meiko é mais barata que a Luka. Algum dia pretendo comprar a Meiko de novo e torcer pra vir a certa.
Esses dias ando lendo um blog de uma mulher cuja filhinha nasceu com Síndrome de Down. Ela contou que uma das coisas mais impressionantes da maternindade, pra ela, é como ela se esforça para aprender e fazer várias coisas diferentes pela sua filha, para dar o melhor para ela. O que eu faço pela Ayane não é nem um terço do que uma mãe normal faz, mas acho que posso dizer que entendo esse sentimento. Tem cada coisa legal por aí, quando se procura! Achei um canal no YouTube de uma mulher que ensina a fazer móveis e comida a partir de coisas simples como caixas de cereal! A criatividade das pessoas é algo incrível, não?
Se quiserem ver fotos dela, é só clicar no link para o meu flickr na coluna ao lado.

Uma coisa que definiu meu verão foi Free!, também conhecido como "aquele anime de natação". O estúdio que o anima é o mesmo de K-On! e, tendo como personagens cinco caras bonitões sem camisa, logo se imaginou que seria um anime cheio de fanservice para mulheres. E tem um tantinho sim. Mas Free! é muito mais que isso.
Eu nunca me considerei otaku, mesmo quando ia regularmente para eventos de anime, então foi um processo bem natural para mim parar de ter tanto contato com essas coisas. Mas a vida é um ciclo atrás de ciclo, então eu voltei a ler vários mangás - na minha boa e velha velocidade mach 5 - e acabei chegando em Free!. E foi aí que eu me surpreendi. Tipo, eu li grandes séries, como One Piece e Great Teacher Onizuka, mas nada me envolveu tão emocionalmente assim. No final de um dos episódios, eu estava chorando como um bebêzinho, não porque algo triste aconteceu, mas porque a amizade dos personagens era algo tão bonito que eu não podia deixar de chorar. E a última vez em que eu chorei porque estava feliz foi com Kaleido Star, quando eu tinha 11 anos.
O anime vai acabar essa semana e eu sinceramente não sei como vou viver depois disso. Ele é baseado em uma light novel chamada High Speed!, que eu tive o prazer de ler no intervalo entre um episódio e outro. Nunca me foi difícil ver o final de algo, eu não sou uma pessoa muito emocional. Mas vou sentir falta de ler longas e complexas análises sobre os personagens, de rir com as ideias de fanfics AU que as pessoas tinham (um pouco mais de coragem e eu escreveria uma muito boa, em que os personagens dançam em vez de nadar), de fazer junto as pequenas partes coreografadas do encerramento.
Vou sentir falta de me impressionar com o nado do Haruka. Como uma pessoa que tem medo de água e nunca aprendeu a nadar, vê-lo nadando me deixa simplesmente maravilhada. Assim como os outros personagens, eu também tenho vontade de nadar quando o vejo, também sinto inveja de como ele nada "free".

Ainda há muitas outras coisas que quero fazer mais em casa. Gosto de descobrir coisas aqui porque me sinto livre para tentar - por exemplo, estou meditando - e poderei levar esses novos hábitos comigo para o Brasil facilmente!
No meio tempo em que este post foi escrito, eu fui para um zoológico, machuquei um dedo, falhei milhares de vezes em fazer um coque no cabelo e encomendei uma nova boneca, a Pullip Eloise. Também comprei minhas primeiras botas e estou louca pra sair com elas!

Ouvindo: o barulho agradável da "terra da manhã calma" pela manhã

31 de agosto de 2013

Só pra não perder o post do mês

(chuín na minha cara de pau)

Passei metade do mês de Agosto chateada porque não fazia nada, mas não queria fazer um post triste porque isso não é coisa pro Cookie.

Aí a outra metade eu faço tantas coisas que não tenho tempo para postar sobre.

Vamos torcer para que Setembro consiga ser mais balanceado~

31 de julho de 2013

Mini-post [8]

Aqui é a Vivi que sumiu pelo mês todo. Um estágio, mesmo que não seja um trabalho de verdade, é tão cansativo quanto.

Se possível, vá até a sua mãe e dê um abraço bem forte nela. Tendo de trabalhar o dia todo e cuidar da casa quando volto, comecei a apreciar ainda mais a minha mãe. Ela era a pessoa responsável pela casa desde os 13 anos e imagino que tenha passado por tudo o que estou passando atualmente.

Se eu já tenho dificuldades para manter tudo direito, imagina uma criança de 13 anos com dois irmãozinhos? Pais são realmente incríveis. Eu ainda tenho um longo caminho a percorrer antes de poder ter essa força de vontade e senso de dever...

Mas por enquanto, vou me esforçar! Tive posts planejados para escrever, mas escrever que é bom... Um novo mês está começando e cada dia é uma ótima oportunidade para melhorar! Estive lendo uns livros bem legais este mês e estou animada para começar a colocá-los em prática. Também quero estudar bastante coreano e fazer muitas coisas divertidas!

15 de junho de 2013

Eu sou a única flor-borboleta

Eu lembro perfeitamente do meu primeiro vestidinho, ele era vermelho de alcinha, bem solto. Nunca tive um vestido igual, mas isso pode ser porque, depois desse, tive um hiato de pelo menos uns 13 anos antes de usar outro.
Como já tentei demonstrar no post passado, eu era uma criança maravilhosa, no sentido de que tinha algumas ideias bem fortes sobre a vida. De acordo com a minha mãe, ela tentou me fazer usar esse vestido aos 4 anos e eu me recusava fortemente. Depois de muito insistir, eu falei "tá bem, me dá essa porcaria" (nessas palavras exatas) e usei o bendito vestido por três dias seguidos.
Quando criança, eu já não gostava do meu cabelo, por ser do tipo bombril. Acho que a única vez em que consegui gostar dele foi quando a empregada teve a ideia de fazer milhares de trancinhas nele. Talvez seja por isso que até hoje eu adore tranças.

Mas o negócio é que, quando criança, eu não ligava muito para a aparência. Eu tinha uma certeza, vinda de não sei onde, de que no futuro eu seria bonita, então não precisava me preocupar agora. Lembro de uma vizinha tranquilizando a minha mãe, que queria que eu trocasse pra uma roupa mais arrumadinha antes de ir com meus amiguinhos pra casa da avó deles, dizendo que quando eu fosse mais velha eu teria mais vaidade. Na época, eu achei essa palavra muito feia e não queria tê-la nunca. Hoje em dia, eu continuo achando uma palavra feia e não quero tê-la.
Essa consciência do que as pessoas consideram fashion é algo letal. No Brasil, eu estudo com uma turma majoritariamente composta por meninos e me sinto extremamente confortável em ir pra aula usando camisetas do Pikachu e calças jeans da época em que tinha a barriga gigante por causa do cisto. Meninas, não importa a idade ou o país, são uma coisa perigosa.

O que acontece aqui é o contrário da minha situação em casa - a maioria gritante das pessoas na minha sala são garotas. A minha faculdade é de garotas. As minhas professoras são garotas. As únicas pessoas a quem já pude chamar de "oppa" foram o SHINee e só consegui fazer isso porque sabia que eu era mais uma na multidão pra eles - a falta de uso me faz ter vergonha de usar a palavra.
Uma vez eu disse no Twitter que todas as minhas amigas são homens pra mim. Prefiro pensar assim porque a minha experiência com amigas garotas nunca foi boa, fora a Lara. Eu me sinto, e sempre me senti, mais confortável entre meninos. O que não é uma opção para mim por aqui.

Deixando pra lá toda a minha história de vida, a Coreia do Sul é um país conhecido pela alta taxa de suicídio dos seus alunos de ensino médio. Como eu aprendi neste site, um dos motivos disso é a pressão pela beleza. Nas palavras de Fred, "todas as coreanas de middle school são feias, mas todas as adultas são lindas. O que acontece nesse intervalo?". A resposta seriam plásticas, tratamentos estéticos e talvez a compra de roupas que elas não podiam usar quando eram novas. Nas outras cidades é um pouco diferente, mas aqui na capital, a grande maioria das mulheres são lindas, bem vestidas e magras. E de quebra elas tem poucos pelos no corpo e não suam. É de deixar qualquer uma com inveja, né?
Desde que cheguei aqui, é isso o que sinto - inveja e baixa auto-estima. Eu tenho as coxas grossas, uma bunda "brasileira" e, como sou uma pessoa normal, gordurinhas mal-localizadas. Também acho que meus ombros são largos demais, minhas sobrancelhas são um caos e estou voltando a odiar o meu cabelo à medida em que ele volta ao normal, já que não posso fazer aqui o mesmo tratamento caro e agressivo que faço no Brasil.

O que eu queria contar neste post e estou enrolando já faz extensos dez parágrafos são episódios que aconteceram aqui comigo, então por favor não se preocupem comigo quanto à auto-estima. É sério, eu me adoro. Aqui no meu apartamento, sentada no chão, só de pijama, eu me adoro. Só preciso trabalhar em continuar com esse sentimento do lado de fora de casa.

Então, acontecimento número um - eu cortei o cabelo! Fui num salão aqui na rua mesmo, no terceiro andar de um prédio que também tem um café com a pior internet da Coreia e um escritório de advocacia. Ninguém falou um pingo de inglês comigo, foi tudo baseado em pouquíssimo coreano e muita mímica. A moça cortou o meu cabelo sem lavar (eu sou o tipo de pessoa que, quando resolve cortar o cabelo, para de lavar uns 3 dias antes, pra aproveitar que já vai receber tratamento profissional), então ela perguntou se eu iria querer e, claro, aceitei.

Quem lavou não foi a mesma moça, e sim um coreano com calça justa rosa e cabelo loiro preso num daqueles rabo-de-coqueiro típicos coreanos. Não sei se todo mundo faz isso, mas eu adoro fechar os olhos e me deixar levar pela ótima sensação de ter alguém lavando o seu cabelo pra você. Aliás, pequeno detalhe, as mãos desse cara eram hiper macias. Não sei o que ele passa, mas eu quero uma caixa inteira.

O problema foi na hora de secar. Ele tava com uma cara que eu só posso expressar como nojo ou muita má vontade. Enquanto secava super devagar, ele ficava parando pra fazer "argh" pra alguma mecha do meu cabelo e de vez em quando tirava um pedacinho de caspa. Eu não sei se era a caspa, se era a raíz do meu cabelo, que já está voltando ao bombril ou o quê. Ele nem estava embaraçado, a moça tinha penteado com mó cuidado.

Chegou a um ponto em que outra mocinha veio e secou junto com ele, depois mandando ele deixar só ela secando. Diferente do cara, ela foi hiper rápida e me perguntou se eu queria passar chapinha. Ela também era super fofa e me chamou de unnie! Eu estava muito chateada e triste, mas ela foi tão legal que eu me re-animei. E quando ela terminou, o meu cabelo ficou tão bonito que eu não pude deixar de sorrir e agradecer!

Nosso segundo caso aconteceu a dois dias atrás, quando eu resolvi sair às compras. Recentemente eu tirei todas as minhas roupas de frio do armário e percebi que praticamente não tenho nada para usar no verão, então estive tentando fazer Fred sair comigo para comprarmos roupas pra mim. Como ele ficou enrolando pra não ir, resolvi ir eu mesma!
A área perto da minha faculdade é conhecida pelas lojas voltadas para garotas universitárias - ou seja, jovens sem muito dinheiro, mas eu não fui comprar lá porque queria passar numa lojinha de k-pop e comprar os CDs que a Sissel e a Lizzy me pediram. Eu imaginei que não seria difícil achar roupas perto desse lugar, afinal, é um bairro inteiro conhecido por ser uma área de compras.

Só que eu conheço bem a área perto da Ewha, mas não sei de nada de Myeondong. Antes de vir para cá, encontrei o tumblr de uma menina que já tinha estudado por aqui e ela deu a dica que nunca esqueci, "na Ewha, nunca compre na rua principal, porque lá são as lojas mais caras". Mas não tenho conselho nenhum para Myeondong! E todas as lojas pareciam hiper caras e chiques.

Depois de fazer proezas tipo me perder, encontrar um shopping underground que se estende até outro bairro e ouvir brasileiros passando e não falar com eles, eu resolvo entrar em um shopping qualquer só pelo prazer do ar condicionado. Como mal tenho roupas, vim usando a camiseta do EKLES, um clube da Ewha, um short meio desgastado pelo uso e chinelas havaianas (que eu comprei no Brasil, ok?).
Pra minha sorte, tinha uma loja fazendo promoção e as roupas pareciam ser legais! Só que era uma loja bem minúscula, tipo nem 4 metros quadrados direito. Aí eu vi uma placa indicando que eles tinham a mesma loja no 5° andar e eu resolvo ir lá.

Então vou alegre e saltitante até o elevador mais próximo. E aí é que vem a coisa que me deixou chateada. Quando as portas se abriram, tinha um monte de adultos de terno e vestido. Tipo, todo mundo bem empresarial. E eu lá. Única estrangeira. De short e camiseta. E chinelo.
Sabe quando todo mundo te olha dos pés à cabeça e dá pra ver que ninguém te considera pertencente àquele lugar? Foi o que eu senti. A minha vontade era sair do shopping na mesma hora, mas me armei de coregem, entrei no elevador e saí sozinha no quinto andar. O ambiente nesse andar era ainda mais chique que o térreo e eu me senti oprimida. As roupas não eram baratas como pensei e acabei não comprando nada.

Eu estava me sentindo feia e desarrumada. E me senti ainda pior quando passou uma coreana com uma roupa parecida com a minha, só que nela parecia algo super "despojado" ou seja lá como se fala. Nela estava melhor.
Não sei como os outros intercambistas se sentem, mas às vezes eu sinto raiva dos coreanos. Porque eles sempre parecem melhores que a gente. Em tudo. Claro que não são, claro que ninguém é melhor do que ninguém. É um sentimento que aparece só quando estou me sentindo mal. Porque eles se escondem atrás de suas camadas de maquiagens, cirurgias, roupas chiques.
Quando ainda estávamos no hostel, uma professora americana contou pra gente que um amigo dela tentou namorar coreanas, mas nada durava muito tempo. "Porque elas são tão lindas por fora quanto são feias por dentro".

Não é que todos os coreanos sejam pessoas horríveis ou algo assim. E geralmente são gentis com estrangeiros, mesmo que às vezes dê uma impressão de gentileza falsa.
É só que meninas, não importa a idade ou o país, são uma coisa perigosa. Eu nunca me dei bem com elas.

Ouvindo: Fantasy - Jolin Tsai

PS: Comprei as três roupas mais lindinhas de toda a face da Terra depois disso. Achei uma loja barata que vende peças simples, de uma cor só, e comprei uma saia, depois uma moça muito fofa me convenceu a entrar numa loja e me apaixonei por um casaquinho e antes de chegar na loja de k-pop vi um vestido de 20 reais do jeito que eu gosto.

30 de maio de 2013

Epifania pós-cólica

Ouvindo: coreanas rindo em coreano

Não sei se existe alguma espécie de crise de tenra idade. Tipo, você pirar por um motivo relacionado a sua idade, que é o que acredito que seja a definição de uma crise de meia-idade.
Se existir algo assim para gente que entrou nos 20 anos, então eu tenho. Não é que eu esteja preocupada com a idade em si, mas acho que aquilo que sinto deve ser comum para pessoas jovens.

O que me acontece é que, como se é de imaginar, a minha vida virou de ponta à cabeça desde que vim para cá. E quando comecei a escrever este post, eu estava sentada em um cantinho da minha sala de Design de Interfaces - que, por acaso, não tem nada a ver com interfaces - frustrada porque minha professora me achava uma brasileira vagabunda. O que eu queria fazer era escrever um longo texto sobre como gente da minha idade costuma se sentir perdida nesse mar de probabilidades.

Mas não é o que vai acontecer. Uma colega me avisou que eu já podia ir embora e eu acabei esquecendo de continuar isto aqui, o que talvez acarretasse em Maio ser um mês sem post no Cookie, o primeiro desde que criei este blog. É engraçado, né? Olhem onde eu estou! Deveria estar fazendo mil posts sobre diversas coisas estranhas e divertidas.

Como eu disse na primeira frase do terceiro parágrafo, que digitei na primeira sessão de escrita deste post, minha vida virou de ponta à cabeça - e sim, era uma piadinha porque estou do outro lado do mundo. Eu gosto de pensar que sou uma pessoa organizadinha, mas desde que vim pra cá me vejo esquecendo coisas, de propósito ou não. Um colega postou no facebook sobre parar tudo e ver se a criança que nós fomos teria orgulho de quem viramos.
Quando paro para pensar nesta questão, eu não sei respondê-la. Não porque esqueci como eu era quando criança. Mas porque, por um tempo, esqueci quem eu era. Essa pessoa que tem surtos, vive num apartamento constantemente desarrumado, se sente infinitamente sozinha e não faz nada dos seus dias não parece comigo ou com a ideia que eu tinha de ser quando pequena.
Eu não sei o que está acontecendo e ia escrever sobre isso e apelidar de crise. Mandaria esse post para amigos e esperaria comentários de pena e camaradagem, para me fazer me sentir melhor.

Mas esses dias eu ando lendo meus antigos tweets e revendo coisas que eram minha fonte de inspiração quando pequena. Eu lembrei de Kaleido Star, da Sailor Moon, de High School Musical, de Pokémon, de Samurai X, de amigos que foram embora para sempre e lembrei de mim. Uma criaturinha pequena e teimosa, que se recusava a ser fraca e a deixar os outros serem. Que não tinha medo de mudar se isso a fizesse melhor.

E eu sei o que eu diria se me visse agora. Eu olharia para todos os lados e perguntaria "legal, o que vai fazer agora?". Tem um mundo de possibilidades lá fora, assim como aqui dentro. Você não precisa vir pro outro lado do mundo pra poder ter uma vida fantástica. Você só precisa pensar qual a próxima coisa que quer fazer e ir lá.

A pequena eu sabia que ainda era limitada por ser só uma criança, mas tinha certeza de que, no futuro, seria linda, amada, produtiva e feliz. Eu tenho 20 anos e tenho um mundo nas minhas mãos.

Ouvindo: 我 (I) - Jolin Tsai

30 de abril de 2013

Nenhuma música fala de 20 anos

Ouvindo: She Will Be Loved - Maroon 5

Hoje eu estou fazendo 20 anos.

Muitas coisas aconteceram esse mês, algumas coisas boas e algumas ruins. Eu gostaria de dizer que me sinto uma pessoa mais madura ou algo assim, mas acho que é um pouco difícil você perceber o seu próprio crescimento, assim como é difícil perceber o monte de coisas boas que te acontecem.

Eu sou muito afortunada, mas também sou muito imatura ao ponto de reclamar mais das coisinhas pequenas e ruins do que agradecer pelas coisas boas. Se há algo que quero melhorar em mim, quero que seja isso.

Eu não fiz nenhum amigo ainda, mas ganhei a pequena felicidade de ser reconhecida e receber um "hi, Bibian" quando chego na sala. Eu fui entrevistada por um cantor, sem nem saber quem ele era! Eu pude ver o SHINee dançando na minha frente. Céus, eu estou na Coreia do Sul!

Mesmo que existam coisas ruins, eu quero me esforçar para só ver as coisas boas e continuar sorrindo por isso. Porque ainda sou fraca, ainda terá vezes em que vou ficar amaldiçoando a tudo e a todos. Sei que é algo irritante de se acompanhar, então espero que vocês tenham paciência, sim? Ainda estou crescendo, com passinhos pequenos.

Mas, quem sabe, mais pra frente eu esteja voando?

Tenho expectativas ruins, relacionadas a coisas tipo trabalhos, mas também tenho muitas oportunidades boas por vir. Tudo o que eu preciso fazer é dar o meu melhor e viver como eu quero viver.

Ouvindo: Fall - Miyuki Homareda

9 de março de 2013

Sobre o dia que encontrei Deus

Da fanaccount que escrevi pra Centy:


"Bem, eu fui com Fred~ Estávamos super cansados, mas eu tinha de ver oppars >O< E eu estava junto com a Margot, a menina amiga da Hana do SFI, que foi a responsável por enviar os doces pro SHINee. Ela é super legal!

Mas ao que interessa, sim? LOL

A gente ficou tentando achar um lugar pra ficar, mas mais e mais shawols iam se agregando e várias delas trouxeram banquinhos/escadas pra ficar sentadas e poderem tirar fotos confortavelmente. Então resolvemos ficar no meio da multidão que estava perto da saída por onde eles provavelmente entrariam (era um banheiro, então eu ainda estou me perguntando como diabos eles entraram. Mistérios~)

A tensão foi aumentando até eles finalmente chegarem! Só que aí eles passaram suuuuuper rápido, eu só pude ver o Key e o Jonghyun. O Onew ainda se curvou e talz, como ele sempre faz, sorrindo, mas eu não vi direito porque a multidão de shawols tava muito animada e se mexendo e talz ><

Eles são LINDOS. TIpo assim, MUITO lindos. Eu sabia que eram lindos, todas nós podmeos ver nas fotos, mas é uma coisa diferente ver ao vivo. Sèrio, eles não podem ser reais. Não podem ser seres vivos D8 Eles são lindos demais.

Enquanto eles se ajeitavam pra começar a assinar, a gente foi subir a escada rolante pra, quando estiver descendo, poder vê-los direito. O Onew é bem moreninho e o sorriso dele é bem branquinho <3 O Key é MUITO pálido, até agora só vi uma foto dele que realmente mostra como é a cor da pele dele. Junto com o cabelo loiro, ele parecia uma visão divina~ O Minho é muito bonito e moreno, é o mais parecido com o que a gente vê nas fotos e na TV. Mas ele parecia bem... tipo, não magro, mas fino? Tipo, ele é bem longo, então dá a impressão de que ele é fino. O Taeminnie é muito lindo, a pele dele parece de bebê <333 E o Jonghyun é o mais bonito de todos x______x Nada faz justiça a ele. Nada.

Tá, o fansign em si~ Caso você não lembre, eles estavam ordenados como: Jinki -> Taemin -> Jonghyun -> Minho -> Key. A fila de fãs na frente de cada um bloqueava a visão de quem estivesse à esquerda, então eu não vi o Jinki muito e vi o Taemin menos ainda. Taeminnie e Jjong foram ótimos meninos e conversavam bastante com as fãs. Alilás, também era meio difícil ver o Jjong, porque o Minho ficava se curvando milhares de vezes pra elas e enrolaaaando. Porque eles três enrolavam demais, o Key era o mais fácil de ver, além da visão privilegiada. Ele simplesmente assinava, conversava rápido e sorria LOL Teve árias vezes em que ele não tinha ninguém pra assinar, porque o Minho tava enrolando, então galera (e eu) ficava gritando o nome dele. Ele acenou duas vezes. Uma foi só na nossa direção, que foi quando eu acenei de volta e ele sorriu, e na outra ele acenou pra todos os lados, até pra cima.

O Jjong era meio chato e ignorava os gritos ): Ele não acenou nenhuma vez em que ficou livre, o que foi umas duas vezes. Acho que só acenou quando tava indo embora. Eu ouvi falar que o Kibum é o que mais costuma lembrar dos fãs, mas eu imaginei que o Jjong seria mais receptivo também >< O Jinki também não acenou quando ficou livre, mas ele também só ficou livre quando tinha terminado LOL O Taeminnie não ficou livre nenhuma vez, aquele ali passava horas falando com cada uma das fãs... Mas ele acenou bastante, até pra cima, quando acabou <3 O Minho chegou a acenar, mas só uma vez e não foi pro meu lado ;; Mas quando tava indo embora ele foi o último a sair, porque tava ocupado acenando pra todo mundo, até pra cima.

O Onew ria bastante quando conversava com as fãs e o Taeminnie fica bem curvado quando está escrevendo, é bonitinho. Teve alguma hora que uma fã disse algo e ele riu bastante, foi tão fofo ;; O Jjong parecia prestar bastante atenção no que cada fã falava. Uma levou um dinossauro de pelúcia, mas não consegui ver a reação dele. Aliás, eles receberam vários presentes. O Kibum só dava pro manager botar na pilha, o Minho se curvava várias vezes pra agradecer.

No final, enquanto eles assinavam os últimos álbuns... AH, LEMBREI UMA COISA! Eles escolhem aonde vão assinar. O Jjong levava um bom tempo escolhendo a página, haha! E tenho quase certeza que vi o Minho assinando umas duas vezes em páginas diferentes. Bem, enquanto assinavam os últimos álbuns, o Jinki se levantou e ficou falando no microfone alguma coisa. Depois todos eles se levantaram, acho que se curvaram e deram tchau e foram embora ;O; Eu não sei o que falaram, mas acho que citaram as SHINee World, é claro!

Durante o fansign, ficava passando o MV e a Dance Version de Dream Girl, então quando eu escuto essa música me lembro do fansign <3 Mesmo não podendo ter chegado perto, foi muito divertido. Tinha uma fã que teve seu álbum assinado e a bichinha tava tremendo o tempo todo. Só faltou morrer de felicidade quando desceu a escada".

A primeira semana a gente nunca esquece

Ouvindo: Love on Top - Beyoncé

Oi, pessoal! Minha primeira semana de aulas acabou, então resolvemos passar o dia no nosso café favorito, o Café Bene! Gostamos daqui porque toca música legal e tem uma internet super rápida, então podemos baixar tudo o que nos falta lá em casa, já que sobrevivemos geralmente só de 3G.

Na Ewha, a universidade onde eu estou, esse período inicial signfica época de matrícula! Mas só para os estrangeiros, as alunas coreanas podem fazer isso durante as férias de inverno. Por causa dos horários diferentes, é muito comum uma turma ficar lotada de coreanas e os estrangeiros ficarem de fora.

Isso me aconteceu duas vezes, primeiro na aula de Tipografia e depois em Computer Aided Design and Draftings (não consegui arrumar um nome em português que não fosse meio tosco). É uma situação bem chata e te deixa com uma sensação de rejeição, sabem? A professora de CADD ficou super chateada e ligou pra um monte de gente atrás de alguma solução em que todo mundo pudesse continuar na turma, mas não deu.
Na verdade, por causa dessas duas experiências ruins, essa semana ficou sendo uma ruim...

A aula de coreano é beeeem puxada, e a professora chegou até a dizer que eu deveria estudar mais, porque não consegui responder se a lapiseira que ela estava segurando era um lápis ou não. Sim, foi um golpe na minha autoestima. Eu gosto de pensar que aprendo línguas fácil.
Se você faltar qualquer aula, perde ponto na nota! Eu já estou com uma falta, porque é uma guerra pra conseguir dar entrada no seu alien card, a identidade coreana para estrangeiros, então tivemos de ir bem cedinho para o escritório da imigração. Orgão público trabalha lentamente não importa o país.

Mas isso foi algo que aconteceu na quinta-feira e eu estou pulando a ordem dos dias sem nem avisar! Na segunda eu fui rejeitada em Tipografia, aí na terça a professora não apareceu e eu fiz meu primeiro conhecido: Joseph (ou algo assim), um estudante de Economia, intercambista da Cingapura. A gente não se falou muito, mas fiquei muito feliz.
Na quarta, fui para a aula de Design Instrucional, onde fui muito bem recebida tanto pela professora quanto pelas alunas. Foi uma aula muito divertida e eu fiquei tão feliz que até chorei quando saí da sala. Infelizmente, não vou poder fazer essa matéria. O CNPQ tem algumas regras de quais aulas podemos fazer e, pelo caráter educacional de DI, ela não está na lista do que posso estudar.

Na sexta pela manhã, fui rejeitada muito gentilmente em CADD, como já contei ali em cima. Desesperada pela falta de aulas possíveis, abri a lista de aulas e vi que tinha Design Básico acontecendo no mesmo dia. Fui pra aula correndo e tomei um susto porque a professora só falava em coreano! É um problema que acontece nas universidades coreanas. Os alunos são obrigados a terem aulas em inglês pra poderem se formar (acho que é uma medida pra prevenir que as aulas sejam vazias), então o professor dá a aula toda ou parcialmente em coreano, já que muitos não entendem inglês.
Eu tentei falar com a professora, mas ela pedia para eu esperar até o final da aula. Só que isso significava eu ficar duas horas ali sentada, completamente alheia ao mundo! Mamãe "baixou" em mim e eu resolvi que não tinha vindo até o outro lado do mundo pra ser desrespeitada assim, então saí e fui direto pra coordenação reclamar. Quando cheguei lá, descobri que eu tinha, sem querer, olhado na lista errada e ido pra uma aula que realmente só é dada em coreano! Imaginem a minha vergonha.
Mais tarde, nesse mesmo dia, fui para a melhor aula de todas: Design Narrativo! A professora é super legal e exige que todos falem inglês, ainda mais porque tem alunos estrangeiros ali. Além de mim, tem uma menina chinesa, uma canadense, dois holandeses e uma que não lembro de onde vem. Ela fez todo mundo se apresentar, até as alunas coreanas, e foi um pouco triste porque elas não falavam inglês bem, ou pelo menos não pareciam dominar muito. Talvez seja bastante difícil virarmos amigas...

Somando com um curso que vai ser dado à distância, eu tenho três matérias fora o coreano! Espero que o CNPQ não encrenque comigo... Mas, acima de tudo, espero aprender bastante e fazer amigos! Vai ser bastante difícil, acho, porque eu já não era muito boa lá no Brasil... Mas vou me esforçar!

Torçam por mim, sim?

Ouvindo: Dream Girl - SHINee

21 de fevereiro de 2013

Tô viva!

Por alguns dias, achei que não conseguiria fazer o post do mês! Falta internet no nosso novo apartamento, mas não falta histórias pra contar! Pena que não consigo lembrar de nenhuma agora.

Bem, olá! Aqui é a Vivi, postando no bom e velho bisCookie, diretamente da Coreia do Sul! Eu ia fazer um blog especialmente para postar sobre minha vida no intercâmbio, deixando posts mais pessoais aqui, mas acabou nem dando certo. Então vou postar minhas histórias e aventuras aqui mesmo!
É bom porque vou encher o Cookie de posts pequenininhos com "causos" engraçados.

Saímos do hotel, finalmente, e agora estamos na residência em que vamos morar, provavelmente, pelo ano todo. É um espaço bem legal e já arrumamos uma boa parte. A vontade é encher de coisas fofas e baratas, mas sempre há o medo de não conseguir trazer tudo pro Brasil.

Eu só queria dar um sinal de vida mesmo... Já me sinto fazendo parte do país, só falta entender o que falam! Mas, como em toda mudança, ainda se leva um tempo pra se adaptar às novas redondezas. Por isso, acho que vão ter muitas coisas divertidas acontecendo!

Tipo a luta que foi trazer uma estante de livros e outras coisinhas de graça. Tem um site, craigslist, em que dá pra se achar gente vendendo/dando um monte de coisa. Encontramos um cara querendo dar o máximo possível de coisas, porque ele vai embora próximo mês.
O problema: ele mora em Bocheon, uma cidade nos arredores ao norte de Seoul. Demoramos duas horas pra chegar lá, com direito a se perder e tudo o mais. Mas conseguimos uma estante pequena e fofa, uma cadeira de chão (sério), uma panela, uma frigideira enorme e uma chave de fenda pra montar a estante, que ele desmontou pra podermos carregar mais fácil.
O que não significa que não fomos a sensação do ônibus e do metrô, dois estrangeiros magrinhos carregando mil coisas no meio de um monte de gente! Já montamos a estante e ela é uma graça, então super valeu a pena.

A dificuldade agora está em lavar as roupas. Deixamos a máquina lavando, saímos pra comer e, na volta, ela conseguiu a proeza de ANDAR, jogar a caixa de sabão e um copo de vidro no chão e, de quebra, lavar as roupas que botamos. Se vocês encontrarem alguma dica sobre máquinas coreanas enlouquecidas, avise. Por enquanto, estamos com medo de usá-la novamente, mas ainda temos pilhas de roupas que sujaram durante nossa estadia no hotel.

E o SHINee voltou! Já ouvi música deles sendo tocada em lojas, fiquei tão feliz! Na verdade foi só em uma, a MISSHA do metrô, uma loja de maquiagem. Tocaram Spoiler e eu fiquei muito contente de perceber que, mesmo sendo uma música que nunca ouvi, eu consigo reconhecer e distinguir as vozes dos cinco membros!

Opa, pra quem não tinha nenhuma história pra contar, até que escrevi bastante. Vamos almoçar agora, compramos bastante coisa na E-MART, uma rede de hipermercados que parece bem decente, e podemos cozinhar algo que pareça brasileiro, ou pelo menos seja mais do nosso gosto.

18 de janeiro de 2013

Uma última olhada nas coisas

Este mês está sendo estressante e ocupado de várias maneiras. Daqui a 12 dias, eu vou viajar para São Paulo, conhecer pessoas importantíssimas para o meu crescimento.

Mas o que me deixa realmente nervosa é que daqui a 14 dias eu vou entrar num avião que vai me levar pra Turquia. E de lá eu vou pegar outro que vai me levar pra Coreia do Sul.

É claro que eu estou assustada, mas acho que lá no fundo todo mundo está. Uma vez estava conversando com Fred e comentei que achava engraçado o modo como, nesse ano que vamos ter, as pessoas que vão nos trazer segurança vão ser aquelas que nós nunca vimos antes, o pessoal que vai pra Coreia também. E aí ele disse que é exatamente por isso que todo mundo está tentando virar amigo já pelo facebook. Porque, lá no fundo, todos nós estamos morrendo de medo.

Mas é do tipo que está tudo bem em ter, sabe? Quero dizer, não tem problema você ter medo de algo, é só que esse é meio que esperado que se tenha. Afinal, eu vou para o outro lado do mundo. Um país diferente, com cultura diferente e uma língua que eu ainda estou me esforçando para entender.

Estou com medo, é claro, mas sei que vai valer a pena. Não sou do tipo aventureira, mas mesmo assim, com meus passinhos lentos, eu vou me esforçar para aproveitar ao máximo.

Quando voltar, eu quero acima de tudo ver o meu irmão. Aí eu vou entender que estou em casa de novo.

Ouvindo: Love Love Love - Jolin Tsai